Ouça o quinto episódio da segunda temporada do BNcast, uma conversa com Zélia Amador, professora emérita da Universidade Federal do Pará.
Dá o play! #BNcast
Realização – Blogueiras Negras e Rádio Aconchego e Coletivo Cabelaço.
Apoio – Fundação Heinrich Böll.
O Norte do Brasil é o território da nossa história de resistência. Nele vivem as mulheres negras mais aguerridas que se pode pensar.
Esse é o lar da professora Zélia Amador de Deus. Ela foi vice reitora da Universidade Federal do Pará, presidente da ABPN (Associação Brasileira dos Pesquisadores Negros) e hoje é professora emérita da UFPA.
Nascida no Marajó, criada na periferia de Belém, a professora Zélia começou sua militância cedo no movimento estudantil, também participou de partidos na época da ditadura militar e entrou de cabeça no movimento negro na década de 80
Ela também foi uma das cabeças por dentro do grupo de Teatro Cena Aberta, na década de 70, trabalho que reafirma sua fina ligação com a nossa estética política e extrapola as formas de ação. O discurso do corpo, como ela mesma diz, a transformou na “atriz da diáspora”.
Não podemos esquecer que a Professora Zélia é uma das co-fundadoras do Cedenpa, que completa 41 anos. Como um dos espaços que escolheu para a luta, Prof Zélia reitera que é necessário estar na militância mas também estar na universidade porque é lá que “presença negra aponta pistas epistemológicas para abrir novos conhecimentos”
E na universidade, Prof Zélia foi pioneira na reserva de vagas para quilombolas e na aplicabilidade da lei 10.639. Hoje, fazendo parte da assessoria de diversidade e inclusão social, trabalha para aumentar a presença de quilombolas, indígenas, refugiados, imigrantes e pessoas apátridas.
Poderíamos ficar aqui listando os tantos feitos e as participações mais que importantes na história do Brasil: participação na Marcha organizada pelo movimento negro em 1995, em conferências como a das Américas e de Durban, além de estar no grupo de trabalho interministerial da população negra pra propor políticas públicas para valorização da população negra.
Mas vamos deixar que você mesmo a ouça, neste que é o quinto episódio, especialíssimo do nosso #BNCast.
Obrigada, Professora Zélia!