Paulinha devia ter a dignidade que qualquer pessoa tem ao ser assassinada. Mas seu nome mal aparece nos noticiários de portais do Rio Grande do Norte. Ao contrário disso, sua imagem circula com naturalidade, visto que a brutalidade da transfobia é tranquilamente aceita. Os portais de notícia assassinam mais uma vez, quando lhes nega identidade, dignidade e o que sobra é transfobia legítima e pura.
Assassinada com três tiros na cabeça a queima roupa, no dia 8 de setembro de 2016, Paulinha é travesti negra e é mais uma vítima do transfeminicídio silencioso e devastador que tem assolado nosso país. A natureza dos crimes mostra o típico ódio a travestis, que cresce com aval do fundamentalismo, dos machistas e transfóbicos de plantão e assassina todos os dias, segundo dados, pelo menos 3 travestis e mulheres trans por dia.
Por ela, invisibilizada e esquecida e pela morte de mais de centenas de mulheres trans, gritaremos!
#16DiasDeAtivismo #GritePorElas #NenhumaAMenos