E hoje dia 1º de Janeiro de 2018, mais um ensaio…
A vida é um ensaio, de bons e maus momentos, de sorrisos e também lágrimas, de altos e baixos. Assim como num ensaio fotográfico, de excelentes e nem tão bons registros. A vida é o presente e estar presente, autêntica, verdadeiramente, de corpo e de alma a este presente, é deveras importante. Fundamental!
Na verdade, imprescindível estar resolvido com os registros do passado. Registros passados precisam estar bem resolvidos. Não importa como tenha se revelado tais registros, bons ou maus. Os com flash porém vazios, os que não ficaram muito nítidos, os distorcidos, os equivocados, os que por ventura possam ter deixado saudade, daqui ou de acolá, os lindos e marcantes, os imprescindíveis e notórios. Registros… Ora positivos, ora negativos. E antigamente, eram os negativos que antecipavam a impressão dos registros, que hoje nem tão impressos, talvez impressivos o são.
Ensaios passados devem ser e estar resolvidos, todos. Em relação a pessoas, lugares, momentos.
Resolvendo-se, abre-se as possibilidades para inúmeros outros ensaios, presentes. O resolver o que lá atrás ficou, que pode ter sido ontem, viabiliza nossa caminhada a começar com nossos passos, presentes.
A importância de focar no agora nunca foi tão bem entendida por mim. O agora que mais além será o nosso passado, quando bem vivido, de corpo e de alma, conscientemente, nos encaminhará para um futuro melhor e nos permitirá ter um passado resolvido, quando logo ali no futuro, se chegar.
Realmente o momento atual, o agora, não poderia ter melhor nome: PRESENTE! Neste ensaio chamado VIDA, os registros também podem ser sobrepostos, mas eles são reais, todos.
Sim, têm-se dores. De cabeça, de dente, crise alérgica, pressão que sobe, que desce; mal estar, tonteira; dor na coluna, torsões, contrações, dor de garganta, inquietações, irritações, procrastinações e outras tantas cenas mais. Têm-se altos, têm-se baixos, têm-se tantas coisas ao longo da vida… E também damos muito significado às coisas, a tantas coisas, que na verdade avalio que estes tamanhos significados por nós atribuídos as coisas, sejam só nossos. Criação e implementação nossa, do nosso eu. O significado que enxertamos a determinado acontecimento é só nosso. Não há parceria e ator coadjuvante em cena em nossas atribuições ao registros e à vida em si. Somos nós e nossas escolhas. Entendo que resolver tudo o que passou deve impreterivelmente ser nossa atitude. Estarmos completos com o que se deu.
É preciso desapegar. O apego gera o não cumprimento das resoluções de se deixar o passado bem resolvido. De deixar o que quer que tenha acontecido ontem, no ontem. E não transportar para o agora. O agora é o que há, o que temos e o que aconteceu no passado, não é seguramente o que está a acontecer agora.
Mas dentre os mais saudáveis e bonitos momentos, escolho alguns deles, compartilhar.
Um momento bonito de um grande amor; o inesquecível momento do nascimento de um filho; a lembrança de uma união; um reencontro feliz com um amigo; com nós mesmos; com um lugar… Também, um choro emocionado em um show; uma letra marcante a soar vibrante em nossos ouvidos; a conquista de algo que se buscou ao estudar e se empenhar; estar num divã a se descobrir e ouvir a si mesmo; um orgasmo inesquecível; o reencontro com o mar…
Descobertas e aprendizados. Ter os registros do passado resolvidos não significa que muitos não sejam inesquecíveis, muitos os são. O importante é focar para que estejam bem resolvidos. Inesquecíveis ou não!
Os momentos difíceis, nos são aprendizado e fortalecimento, os bons, felicidade e esperanças renovadas, neste ensaio que tenho como presente. Um presente que tem passado, um presente que é o agora, e também um presente que terá um futuro, porque eu creio num amanhã. Presente, consciente, potente!
E também creio nas possibilidades que dentro deste ensaio, atuando como protagonista, possa implementar. Este ensaio é o nosso maior tesouro. Nossa preciosa realidade. A da vida, pela vida, com a vida! É nele que somos, é nele que enxergamos ou não coisas; é nele que nos descobrimos, quando nem sabíamos que não nos havíamos encontrado. Crê-se que estando aqui, estamos encontrados e em evolução. Nem sempre. Buscar e encontrar a verdade da nossa vida, do nosso eu e estar nela, é para os que têm coragem. Coragem de ser, de viver neste e por este ensaio. E não mediocremente sobreviver. Existem inúmeras máscaras utilizadas pelas pessoas, são uma espécie de couraça, e sua aquisição se deu muito provavelmente bem lá atrás, posso dizer que em sua maioria, na mais tenra infância. Tempo que assumimos para nós e nos revestimos de algumas definições. Significados que damos a alguns acontecimentos e estórias que imediatamente se criam. E estas, moldam nossas vidas. Impressionantemente, sem que saibamos…
Buscar respostas para determinados comportamentos que temos, é o início de um caminho por respostas, para o nosso passado estar completo e o nosso presente ser pleno. Esta busca e esta meta de resoluções dos registros todos, que pra trás ficaram, é para os que não querem sabotar o presente em seu maior presente: a vida. A plena vida que está no agora.
EU AMO ESTE ENSAIO CHAMADO VIDA,