este post foi originalmente publicado no blog Preta, Nerd & Burning Hell
O dia 29 de agosto é conhecido como o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica estabelecida no 1º Seminário Nacional de Lésbicas – Senale -, ocorrido em 29 de agosto de 1996 no Rio de Janeiro e,a partir de 2014, ativistas bisexuais passaram a reivindicar junto à Senale, de modo que é opcional inserir ambas as identidades no que se refere à data [*]. A presença da categoria mulher em discussões e reivindicação de direitos da comunidade LGBTQ+ é constantemente invisibilizada enquanto corpo e experiências. As questões específicas, tanto as demandas quanto as violências, são invisibilizadas mais ainda conforme as intersecções. Não é à toa que as séries de televisão, quando não chamam mulheres lésbicas de gay, optam por experiências brancas, classe média e dentro de padrões sociais que excluem completamente lésbicas e bissexuais Negras. Como eu já disse antes:
Não existirá orgulho LGBT+ enquanto a irresponsável Shane for o ideal de lésbica e que a única negra relevante pra história seja a personagem mais transfóbica, alcoolista e disfuncional de todas. in 10 problematizações LGBT que vocês deixaram de lado por causa de hype!
Por esta razão, bato na tecla de que interseccionalidade é a chave para desmontar a retórica visual de tolerância, em que a lesbiandade é ou fetichizada (representada para o braser masculino heterossexual), ou apagada, silenciada e marginalizada, como aviso claro de que não é autorizado existir. As artistas, influenciadoras digitais, empresárias e personagens negras, lésbicas e/ou bissexuais, sempre que se posicionam politica e identitariamente – sempre que rompem o silêncio – dão visibilidade e nos inspiram neste mundo hostil e desigual. Abaixo, uma lista de mulheres Negras que admiro e acredito que você deveria conhecer!
Annie Gonzaga
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Jesz Ipólito
Ana Claudino
Criado em 22 de julho de 2017, o canal Sapatão Amiga de Ana Claudino se define como “Esta vida tem cenas explícitas de tédio nos intervalos das emoções. Registros de uma mente com sol em gêmeos “. Sem nenhum embaraço, Ana Claudino fala sobre identidade, em primeira pessoa, tocando em aspectos como padrão de beleza, heteronorma, aceitação e como o empoderamento está relacionado à ocupação do corpo racializado. No vídeo Preta e Sapatão, ela articula tocando diversos pontos como ancestralidade, referência, autoconhecimento e autocuidado de uma forma segura, positiva, generosa e empoderada!
Bah Lutz
Bah Lutz, vocalista da banda mineira Bertha Lutz |
Bertha Lutz é uma banda feminista de hardcore que foi formada em 2006, envolvida desde então na construção de espaços feministas e autogestionados em Belo Horizonte. Com discursos e posicionamentos políticos anti-les-bi-transfobia, antirracista e anti-CIStema. Inspirada pelo movimento riot grrrl a banda constrói um som simples e direto, unindo hardcore e militância feminista em seus shows.
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Buh D’Angelo
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Tatiana Nascimento
Tatiana Nascimento é intelectual, tradutora, escritora, performer, instrumentista e cantora. |
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Skin
- [+ sobre Skin, acesse o Site oficial e leia seu ensaio What I Know about Women**]
Bessie Smith/ Queen Latifah
Queen Latifah interpretou Bessie Smith em Bessie, dirigido por Dee Rees (Pariah). |
Angela Davis
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Ellen Oléria
A cantora Ellen Oléria é uma afrofuturista |
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[***] O site Blogueiras Negras não possui colunistas, portanto, reestruturamos a frase.