Claudinéia da Conceição Ramos, de 29 anos, zona rural de Capixaba, no interior do Acre
Foram 17 facadas. A arma branca corta a pele preta. Uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Você contou? Quem gritou por ela, além da irmã que “ninguém esfaqueia uma pessoa 17 vezes por engano”.
Porque havia cobertores sujos na casa. Claudinéia da Conceição Ramos, 29 anos, mulher negra, jovem, periférica, conseguiu por um momento escapar do seu agressor, Alberto Rodrigues, cujo nome a maioria das notícias escondem sob a alcunha de suposto assassino, suposto agressor. Suposto monstro talvez?
O lugar presumido da vítima na sociedade porém, sempre foi bem publicizado. Era dona de casa, talvez por isso o suposto motivo do crime tenha sido repetido à exaustão em cada noticia réplicada. Os cobertores sujos, os cobertores sujos, os cobertores sujos. A interessar possa, estamos aqui para contar. E contar e contar. Quantas vezes se façam necessárias.
Não foram os cobertores sujos. Foi o machismo. Mais uma vez, foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo. Foi o machismo.
Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio. Foi um feminicídio.