Mariana Inglez, coordenadora do projeto, bióloga e doutoranda no LAAAE, no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, pelo Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Evolutiva. Atuou desde a graduação nas áreas de bioarqueologia e bioantropologia, realizando as etapas de escavação, cura e análise de esqueletos humanos do passado e em contextos forenses. Atualmente, estuda o processo de transição nutricional em comunidades ribeirinhas da Amazônia. “Me sinto realizada por ter co-fundado esse projeto com outras mulheres cientistas que admiro e de ter sido possível contratar uma equipe majoritariamente negra para participar dessa construção, que inclusive teve muitas mãos femininas. É potente perceber que compartilhar ciência com afeto, pensando em diversidade e inclusão, toca pessoas e amplia as pontes de diálogo para além dos muros da universidade. Cada professora que nos escreveu dizendo que precisava desse tipo de conteúdo, ou criança/jovem negra que se viu representada pela “Mari” de nossa animação, me estimula a continuar a caminhada”. Como ponto de partida do projeto, contratamos consultoras em afro-alfabetização para guiar as reflexões iniciais sobre os caminhos a seguir para que de fato pudéssemos fazer uma divulgação científica inclusiva do ponto de vista racial e de gênero. Sendo o LAAAE-USP um laboratório de pesquisa majoritariamente branco, as educadoras apresentaram pautas da diáspora e do contexto da negritude e da branquitude no Brasil, para os pesquisadores e alunos da equipe.
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