Nós somos programados desde a infância, para sermos o que somos na idade adulta. Isso é fato. Os interessados em ter sujeitxs inaptxs a reconhecer sua alienação, são pequenos grupos que dominam a sociedade econômica e políticamente.
O desafio é fazermos nossa auto programação, nos tornando aquilo que queremos ser, não o que outras influências disseram de nós, a nós.
Não sei se vc percebeu, mas, nós temos sonhos, planos, projetos… nos imaginamos numa condição. Mas tudo isso dentro de nós, soa como um devaneio. Nem ousamos investir em nossas projeções. Não damos bola às nossas idéias. Tudo parece utópico, inatingível, fantasia, ilusões.
Isso ocorre porque, o que está inscrito em nós (por meio da educação doméstica, da educação formal, da midia, das religiões), é o que pensamos de nós, é o que acreditamos de nós, e é muito forte, é condutor de nós e compromete toda nossa energia. Nos tornamos o que acreditamos que somos.
Quando pensamos em trilhar contrário aos comandos que estão introgetados em nosso inconsciente, toda a sorte de dúvidas e inseguranças nos assalta:” Será que devo?” Olha que aqui, ainda estamos no plano imaterial, no plano das idéias. Tudo está muito auto responsabilizado.
Mais angustiante ainda, é quando ousamos tentar materializar, executar nossos “devaneios”. Fazemos um esforço tremendo, gastamos tanta energia que choramos no caminho. Parece que estamos carregando o mundo, quando na verdade, estamos num conflito de auto concepção. Há quem pense que tem feitiço feito rs diante de tamanha dificuldade. Mas não é feitiço. É hipnose mesmo! É a hipnose do dia a dia. É a afirmação repetida durante anos que se torna indeletável. É a famosa mentira repetida centenas de vezes, que se torna uma verdade inquestionável. Isso é efeito de ideologias, machismos, racismos, e tantas outras estratégias de fundamentações infundadas de inferiorização e desqualificação de um indivíduo. O desafio é a reconstrução de um sujeito livre.
Imagem de destaque – Bigfun.de