Coronavírus nas periferias 006 – Educação e Inclusão durante a pandemia

Áudio exclusivo de conversa com a Professora Jaqueline Gomes de Jesus, IFRJ. Edição e parceria: Rádio Aconchego. Dá o play! #CoronaVirusNasPeriferias

Hoje a gente conversa com Jaqueline Gomes de Jesus.

Ela é professora de Psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Doutora em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações pela Universidade de Brasília, na qual também foi a primeira gestora do Sistema de Cotas para Negras e Negros, de 2004 a 2008. É pesquisadora-líder do ODARA – Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Cultura, Identidade e Diversidade. Em 2017 foi homenageada pela vereadora Marielle Franco com a Medalha Chiquinha Gonzaga.

Nesse contexto em que a idéia é passar a boiada em cima da gente, falamos há algumas semanas com a Professora Jaqueline sobre sua experiência com as políticas afirmativas e como podemos impedir esses retrocessos e também como ampliar o alcance dessa politica. e também sobre a ideía de que educação serve apenas ler, escrever e fazer conta.

Nossa conversa aconteceu há algum tempo quando o ex-ministro da Educação revogou a portaria que estabelecia a política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação nas universidades federais. Portaria que está valendo pois a revocação caiu, mas antes de cair conversamos com a Professora Jaqueline sobre o impacto da pandemia no ensino superior no Rio de Janeiro.

Ouça nossa conversa e acompanhe o blog e o instagram da Professora Jaqueline. E releia a nossa conversa em comemoração o Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha.

Até logo, se cuida e se puder fica em casa.


Ficha técnica

Parceria e edição: Rádio Aconchego

Entrevistadora: Charô Nunes

Trilha sonora

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

You May Also Like
Leia mais

Ser Negra 2014, vem que tem!

Foi nesse contexto de combate às discriminações de raça e de gênero e à dupla perversidade dessas discriminações quando atuam em um só corpo, o corpo negro feminino, que levou o Grupo de Pesquisas Culturais a organizar em novembro de 2012 o piloto da Semana de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça do Instituto Federal de Brasília, que se repetiu em 2013 em uma edição significativamente ampliada.

Ensinar a pescar não resolve: a debilidade das cotas raciais do Instituto Rio Branco

O projeto afirmativo do Rio Branco é débil por ter sido transformado uma simples cota social inacabada. Não serve nem ao propósito original e não promove a inclusão. Além de não custear adequadamente o estudante negro (o valor mal paga 20 semanas de um bom cursinho preparatório, imagine os livros) força sua entrada por uma minúscula brecha que representa apenas 10% das vagas da primeira fase. Todas as demais etapas são solenemente ignoradas. E pior, sem ao menos verificar quem vivencia de fato a condição estigmatizada de afrodescendente, prática incoerente com os procedimentos adotados na primeira fase de seu processo seletivo.