Miro a cana doce
Uma vaga lembrança ecoa
Em cantos míticos louvados
Palmeiras nascem
Regam o meu corpo
Frutos amargos
Quebrados no silêncio onírico
Acolhe em sentimentos retalhados
Quilombos
Meus pés
Eu
Ocultados nos meus pensamentos
Séculos de chumbo
A Carne desfalece
Rouca voz emerge
Sem saber o por que?
Arrancados
Amordaçados
Navalhas de ticum sangras sem doer
O meu corpo já foi vendido
Em anonimato.