Pretas e sapatão, UNI-VOS: Exposição das obras de Zanele Muholi e Thembela Dick no Instituto Goethe

Zanele Muholi e Thembela Dick, duas artistas sul-africanas que fizeram de seu trabalho um ativismo em prol da visibilidade das minorias excluídas da sociedade, estarão aqui em São Paulo, ao vivo. Em carne e osso. AS DUAS! Sim, com direito a conversa com o público depois da exposição das obras.

É com muito entusiamos e felicidade que escrevo sobre esse evento.

Zanele Muholi e Thembela Dick, duas artistas sul-africanas que fizeram de seu trabalho um ativismo em prol da visibilidade das minorias excluídas da sociedade, estarão aqui em São Paulo, ao vivo. Em carne e osso. AS DUAS! Sim, com direito a conversa com o público depois da exposição das obras.

Duas referências artísticas e militantes na minha vida, estarão aqui e eu poderei apreciar o trabalho delas de pertinho… Vou poder encontra-las pessoalmente e sentir “estou entre as minhas”. É muita maravilhosidade, né? Não caibo em mim com essa notícia!

Por isso, fica o convite para as pretas e lésbicas dessa cidade. Esse é o momento pra gente se encontrar, admirar o trabalho dessas importantes artistas para a nossa visibilidade.

PRETAS E SAPATÃO: UNI-VOS!

zanele

folder de divulgação/ Instituto Goethe

A artista e ativista lésbica Zanele Muholi discutirá seu ativismo visual, seu trabalho com o coletivo de mídia queer Inkayiso, sua série de fotografias Faces e Fases na qual retrata lésbicas negras e transgêneros e dois curtas-metragens: Foot for love (2012), filme produzido em parceria com o coletivo feminista francês Les Dégommeuses sobre o jogo do time sul-africano lésbico de futebol Thokozani Football Club em Paris e We live in fear (2013), curta produzido pela Human Rights Watch sobre o trabalho artístico e político de Muholi.

 

A artista Thembela Dick também apresentará juntamente com Zanele Muholi o filme Thokozani Football Club: Team Spirit” de sua direção. Faces e Fases. Série de fotografias. (20 min.) A série Faces e Fases de fotografias em preto e branco tem o foco na comemoração e celebração da vida lésbica negra – uma séria em curso que apresenta uma perspectiva de quem conhece a fundo a realidade de negras lésbicas e transgêneros, pessoas que Muholi encontrou durante sua jornada ativista. No conjunto os retratos são ao mesmo tempo um depoimento visual e um arquivo: ao indicar, mapear uma comunidade frequentemente invisível, Muholi preserva a sua existência para a posteridade.

Leia mais no site do Instituto Goethe

Espero vocês por lá, dia 11 e dia 13 de junho! Levem suas companheiras, suas amigas, a família. É um trabalho incrível e que precisa ser visto por todo mundo!

 Serviço

Cine Olido. Dia 11/06 às 19h. Exibição dos filmes: Foot for love e We live in fear.

Retirada de ingressos com 1h de antecedência. Entrada gratuita.

Avenida São João, 474 – centro.

Instituto Goethe São Paulo. Exibição do filme: Thokozani Footboall Clube: Team Spirit. Gratuito.

Rua Lisboa, 974.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

You May Also Like
Leia mais

Bem vindos ao Brasil colonial: a mula, a mulata e a Sheron Menezes

Sim, sabemos que 125 anos se passaram e a escravidão acabou, porém as suas práticas continuam bem vindas e são aplaudidas por muitos de nós na novela das nove e no programa do Faustão, “pouco original, mas comercial a cada ano”. No tempo da escravidão, as mulheres negras eram constantemente estupradas pelo senhor branco e carregavam o papel daquela que deveria servir sexualmente sem reclamar, nem pestanejar e ainda deveria fingir que gostava da situação, pois esse era o seu dever. Hoje nós, mulheres negras, continuamos atreladas àquela visão racista do passado que dizia que só servíamos para o sexo e nada mais.
Leia mais

Uma bunda na foto vale mais que uma arara!

Ao ler os comentários sobre o episódio dessa chamada de brasileiras para casamentos com gringos através do site do Huck, só consigo pensar em como nós brasileiras ainda somos vistas no nosso próprio país: mercadorias com bundas do tamanho P, M e G. Não sou macaca, minha bunda não é internacional, Brasil não é cartão postal de bundas e a mulher brasileira não esta à venda!