#AsNegaReal – Episódio 02

Desde a estréia da nossa websérie até hoje, varias coisas aconteceram: críticas, resposta às críticas, repúdio a essas respostas, entrevistas em diversos veículos, escracho e até a classe artística defendendo a ideia da série. A culminância é claro, foi o primeiro episódio de “O Sexo e as Nega” que foi ao ar no último dia 16 de setembro e que comprovou o que a gente já sabia: estereotipação, hipersexualidade e a nossa subrepresentatividade disfarçada de protagonismo.

A partir da análise meticulosa e do nosso embasamento, construímos nossas ideias e colocamos tudo bem explicadinho nesse segundo episódio. Destrinchamos algumas cenas da série, expondo nossa opinião sobre o impacto na identidade negra e sobre os repertórios trazidos pela trama. As convidadas que vão colocar sua linda face e opinião à baila são Mabia Barros e Viviana Santiago.

Ligue o play e reflita.

 

Agradecimentos especiais a Mabia, que deu a força na edição.

11 comments
  1. É isso aê mulherada, o que vocês estão fazendo é uma grande iniciativa!Mas só um toque, a qualidade do vídeo está muito ruim…..E pensando que esse vídeo tem que ser visto também por pessoas que não costumam visitar o blog, ou que não costumam debater isso sempre seria interessante algo mais elaborado em questão de som e imagem. Ótimas pontuações! bjin

  2. Não tive a oportunidade ainda de ver a série, até pela falta de tempo, mas observando as falas de todas do vídeo, confesso que modifiquei o meu texto quando vi a última que falou, .Pois foi justamente ela que pontuou da melhor forma possível uma crítica adequada à narrativa da série, aspecto que nas outras não me pareceu claro. Quando na série aparece uma cena claramente racista ou machista, o erro não é a sua presença simplesmente, até pq reclamar disso seria reivindicar algo que representasse um mundo inexistente, onde todos seriam livres dessas mazelas, mas o erro consiste em não representar uma contrariedade dessas personagens ao sofrerem esses abusos ou sequer estabelecer um contraponto ao ato racista que poderia ser por exemplo a luta das personagens por se livrar dessas condições subalternas. Convenhamos que falar de sexo pro movimento negro feminino sempre será difícil pq o peso da hipersexualidade sempre estará à espreita, mas a questão é que o tema central é justamente essa sexualidade hj em dia tão exaltada por todos. Será que se a série mostrasse todas as negras como pudicas e castas não surgiriam críticas do mesmo jeito? O que quero argumentar que é óbvio que o discurso narrativo se trata de um recorte, e como tal não conseguiria jamais representar totalmente a diversidade das mulheres negras, mas precisamos entender o propósito que orientou a escolha desse recorte e que mesmo compreedendo que o comportamento representado nesse recorte ocorre de fato, a falha se resume em perceber que mais uma vez se opta por representar a mulher negra em aspectos que além de não representarem mais a sua maioria, permite uma naturalização desses mesmos aspectos, sem que haja espaço para um contraponto.

  3. Olá,

    tenho gostado bastante do conteúdo dos vídeos. Assisti aos dois episódios d#asnegareal, e acho que realmente precisamos debater o tema das mulheres negras com o protagonismo das próprias mulheres negras. Porém a qualidade dos vídeos está muito ruim e isso compromete a divulgação e o entendimento da importância do tema.

    1. Que bom que gostasse, Thalyta!
      O nome da novela angolana é Windeck e tem todos seus episódios no youtube, dá pra assistir tudo.

      grande beijo

  4. A intensão do vídeo foi muito boa. Submeti a 10 pessoas, que assistiram e disseram “bom, mas ficou cansativo”. Pergunto! Não seria interessante apresentar tais ponderações a partir de uma encenação? Será que assim , ficaria mais convidativo para as pessoas assistirem?

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