Todos os anos, milhares de pessoas enlouquecem com a aclamadíssima Black Friday – onde grande parte das marcas de todos os segmentos sobem discretamente o preço dos seus produtos para dar descontos aparentemente vantajosos aos consumidores. Todos já sacamos a jogada mercadológica, mas ainda assim nos alvoroçamos e guardamos nosso rico dinheiro para investir nessa empreitada importada dos EUA.
O que geralmente a gente não pondera é a relação das marcas dais quais desejamos comprar com uma série de abusos e práticas racistas, escravocratas, anti ambientais e que fazem uso de mão de obra barata ou exploram populações (ribeirinhas ou quilombolas) para seus lucros.
Este é mais um dossiê Blogueiras Negras que propõe a análise de algumas marcas (brasileiras e estrangeiras) de acordo com alguns critérios como a representatividade negra, histórico de racismo da marca, uso de mão de obra escrava e prejuízo a comunidades remanescentes. Assim como feito no ano passado, procuramos as marcas mais populares e as que tem bastante penetração nas redes sociais. Buscamos também, de forma isenta, informações sobre casos e notícias para que a lista fosse fiel à realidade.
Como metodologia, optamos por analisar as páginas das marcas nas redes sociais e fazer uma pesquisa quantitativa, analisando o número de modelos brancas, negras e não brancas nas propagandas (o teste do pescoço virtual). Também pesquisamos através de fontes, notícias e casos de marcas onde houveram acusações e processos de injúria racial, racismo, denúncias de trabalho escravo e exploração infantil. A maioria das empresas analisadas se tratam de marcas expressivas no mercado e são as que nós, na maioria das vezes, consumimos por serem tão populares e presentes na mídia.
Lembramos aqui a reflexão que fizemos um ano atrás:
“Aparentemente a publicidade brasileira ainda considera que o negro é mercadoria, não um consumidor em potencial. Desconsidera que nós, pessoas negras, preferimos quem nos representa. Ainda estamos num momento de completa invisibilidade, uma não representação que nos obriga ao boicote de marcas que até querem nosso dinheiro, mas não nos representam. Esse é o único caminho para que se entenda que nossa ausência em comerciais serve à naturalização do racismo na medida em que não somos mostrados exercendo as atividades mais cotidianas da vida, como usando um esmalte ou um produto eletrônico.”
Estamos cansadas de ser consideradas “público consumidor potencial” sem que as marcas se preocupem em nos ter estampadas em suas propagandas, sem dar visibilidade para modelos, atrizes e formadoras de opinião negras. Assim como na propaganda, estamos invisíveis para marcas e empresas que tem em sua prática modelos segregacionistas e racistas na hora de contratar empregados ou que ainda mantém nas suas linhas de produção regimes de semi escravidão e exploração de trabalho infantil.
Nós, Blogueiras Negras, repudiamos estas marcas e propomos junto à comunidade negra – principalmente a de mulheres negras cis e trans – um boicote a todas elas, que negligenciam e escondem sua ligação com práticas danosas e racistas. Reforçamos o apoio a produção independente de mulheres e marcas negras, que impulsionam o mercado local e fortalecem a economia criativa, onde se buscam práticas sustentáveis e éticas.
MARCAS E LOJAS ENVOLVIDAS COM TRABALHO ESCRAVO E/OU ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO
Loja 775*
Centauro*
Le lis Blanc *
Collins *
Fenomenal *
Gangster *
Gregory *
M.Officer *
Talita Kume *
Unique Chic *
Cori *
Emme *
Luigi Bertolli *
Zara *
*segundo aplicativo moda livre
Havan – (Dispensa discriminatória: funcionária demitida após mastectomia – https://goo.gl/icm7WD)
Forever 21 – (compra de algodão do Uzbequistão, país que obriga crianças e adolescentes a abandonarem as escolas para se dedicarem à colheita de algodão em condições de escravidão – http://www.greenme.com.br/viver/trabalho-e-escritorio/126-6-multinacionais-envolvidas-com-trabalho-escravo-e-exploracao-infantil)
Hershey’s – (Grande parte do cacau usado pela Hershey’s vem da África Ocidental, incluindo a Costa do Marfim, onde – segundo inúmeras denúncias da Unicef e de outros grupos de direitos humanos, como a Internacional Labor Rights Forum – o trabalho escravo infantil é bastante comum – http://www.thegreenestpost.com/5-empresas-envolvidas-com-trabalho-escravo/)
Nestlé – (A empresa suíça Nestlé foi processada nos Estados Unidos acusada de utilizar, com conhecimento, um marisco procedente de um fornecedor tailandês que utiliza trabalho escravo na produção da comida para gatos Fancy Feast – http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/nestle-acusada-de-usar-pescado-oriundo-de-trabalho-escravo)
Marisa – (Marisa foi envolvida em denúncias de utilizar mão-de-obra em condições análogas à escravidão em 2007 e depois em 2010 – http://oglobo.globo.com/economia/apos-denuncias-de-trabalho-escravo-officer-marisa-afirmam-que-roupas-vinham-de-terceirizados-12920768#ixzz3qojokzjG)
Renner – (Em 11 de novembro de 2014, a fábrica foi interditada pelo Ministério do Trabalho e 37 funcionários foram resgatados, dentre eles 36 adultos (21 homens e 15 mulheres) e um adolescente de 16 anos. Havia 35 mil peças da Renner, das marcas Cortelle, Just Be, Blue Steel e Blue Steel Urban – http://www.cartacapital.com.br/revista/828/renner-esta-envolvida-com-trabalho-escravo-1352.html)
LOJAS ENVOLVIDAS COM CASOS DE RACISMO/INJÚRIA RACIAL
Animale – São Paulo, Rua Oscar Freire (http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/03/pai-acusa-de-racismo-funcionaria-de-loja-na-rua-oscar-freire-em-sp.html)
Ágatha – Rio de Janeiro, Shopping Rio Sul (http://www.brasilpost.com.br/2015/09/17/agatha-racismo_n_8152984.html)
Renner – São Paulo, Shopping Santana Park (http://www.andremansur.com.br/racismo-na-renner-a-rede-de-lojas-indenizara-vendedora-chamada-de-filhote-de-macaco/)
Riachuelo – Salvador, Shopping Iguatemi (http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/11/aluna-da-ufba-denuncia-racismo-em-shopping-abordaram-como-bandida.html)
Kalunga – São Paulo, bairro da Liberdade (http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-3–39-20150503)
Abracadabra – Rio de Janeiro, Shopping Tijuca(http://www.reclameaqui.com.br/14506853/abracadabra-moveis-e-decoracoes-infantis/racismo-na-loja-do-shopping-tijuca/)
Aquamar – Rio de Janeiro, Shopping Bangu (http://cadesc.com.br/acusadas-de-roubo-mae-e-filha-se-dizem-vitimas-de-racismo-em-shopping-do-rio/)
Le Biscuit – Camaçari-Bahia (http://desacato.info/racismo-na-loja-le-biscuit-nao-ha-mal-entendido/)
Zafari – São Paulo, Shopping Bourbon (https://www.reclamao.com/reclamacao-contra-supermercados-zaffari/19208/racismo-em-loja/)
LOJAS QUE NÃO NOS REPRESENTAM
Riachuelo – http://blogueirasnegras.org/2014/03/06/dia-internacional-da-mulher-branca/
A Pesquisa
Representamos as pessoas negras em vermelho e a porcentagem de pessoas brancas foram representada em amarelo.
O critério utilizado para avaliar representatividade acompanha os gráficos.
VESTUÁRIO
MERCATTO: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas na linha do tempo entre setembro e novembro de 2015.
De 148 fotos com modelos, 103 eram com modelos brancas e 45 com modelos não-brancas/negras. Das 3 fotos promovendo a Black Friday, as 3 apresentavam apenas modelos brancas.
A empresa também promove campanhas como Waves for water. O dinheiro com a venda das T-shirts da campanha é revertido em filtros que transforma água suja em potável. Os filtros são entregues em comunidades carentes de cinco estados brasileiros (Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Amazonas).
Atualmente, a loja tem Paloma Bernardi como garota-propaganda.
SHOP 126: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas na linha do tempo entre setembro e novembro de 2015.
Apenas modelos brancas (na verdade, desde antes do mês de setembro, as modelos eram brancas até onde pudemos avaliar)
FARM: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas na linha do tempo no mês de novembro.
SIBERIAN: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas na linha do tempo entre setembro e novembro de 2015.
De 132 fotos, 128 eram com modelos/clientes brancos e 4 com modelos negras.
CANTÃO: Das fotos analisadas desde de junho deste ano, constatamos que não havia nenhuma/nenhum modelo negra/negro.
KARAMELLO: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas na linha do tempo entre setembro e novembro de 2015.
Das 59 fotos, 28 eram com modelos brancas e 31 com modelos negras. A foto de capa da página do Facebook traz uma modelo negra.
M.OFFICER: Fotos analisadas desde de junho deste ano, constatamos que não havia nenhuma/nenhum modelo negra/negro.
ELETRO ELETRÔNICOS
INSINUANTE: A foto de capa da página oficial tinha o ator Érico Brás, que é o modelo principal da nova campanha que está sendo veiculada também na TV. Fotos analisadas na página do Facebook publicadas na linha do tempo e foto de capa entre junho e novembro de 2015. Das 177 fotos, 15 possuem mulheres brancas, 2 mulheres negras e 2 homens negros. Dentre as postagens, há 3 posts conta o racismo e 3 contra homofobia.
CASAS BAHIA: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas entre junho e dezembro de 2015. Das 96 fotos analisadas, possuem 7 modelos brancas e 6 modelos negras, sendo que as 6 mulheres negras estão concentradas numa única imagem que ilustra o evento Estética das Periferias. Já as outras mulheres brancas estão espalhadas por outras imagens.
PONTO FRIO: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas entre junho e dezembro de 2015. Das 484 imagens postadas, temos 44 com modelos homens brancos, 14 mulheres brancas, 4 homens negros (presentes num background de uma mesma imagem de homenagem ao dia dos pais) e apenas uma mão negra que é provavelmente de um homem. A página tem piadas e frases super descoladas mas consta de ZERO mulheres negras.
AMERICANAS.COM: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas entre junho e dezembro de 2015. Das 736 imagens,16 são de mulheres brancas, 14 de homens brancos, 10 de homens negros e 3 de mulheres negras. Importante frisar que a grande quantidade de homens negros também se deve ao fato de que a grande maioria das fotos é um uma maratona realizada no Rio de Janeiro, promovida pelas lojas Americanas, onde aparecem alguns homens negros na chegada junto com uma única mulher negra.WALLMART: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas entre junho e dezembro de 2015. Levando em consideração que a Walmart tem a maior parte da sua rede no nordeste do país, a marca parece querer diversificar. Mas só parece. Das 208 imagens postadas, são 49 de mulheres brancas, 30 de homens brancos, 11 de mulheres negras, 8 de homens negros e 5 mulheres não brancas. Importante salientar que a maior parte das pessoas brancas estão unidas (em família) e a maioria dos negros são funcionários aparecendo em propagandas. Apenas uma imagem de mulher negra aparece lindamente no dia da Consciência Negra.
EXTRA: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas entre junho e dezembro de 2015. Assim como o Walmart, o Extra tem poucas mulheres negras na sua propaganda das redes sociais. A maioria delas (inclusive a maioria das mulheres) aparecem em família ou em casal. A quantidade de negras só se eleva se contarmos, por exemplo, pés que simulam uma corrida. O resultado da análise: Das 516 imagens publicadas, 69 são de mulheres brancas, 56 de homens brancos, 11 de mulheres negras, 9 de homens negro e de 7 mulheres não brancas.
FAST FASHION
* Lembrando que existem imagens sem modelos e imagens com modelos que se repetiam em sequencia.
RIACHUELO: Analisamos a página do Facebook a partir do mês de agosto até dezembro. Por se tratar de uma loja de moda, considerei a estação e a grande quantidade de imagens. A marca que foi linchada várias vezes no ano passado e esse ano não tomou vergonha na cara. Tem modelo branca de turbante, poucas mulheres negras e UM homem negro. Do total de 574 imagens, 202 são de mulheres brancas, 59 de homens brancos, 19 de mulheres negras, 10 de não brancas e 1 homem negro. Importante salientar que algumas vezes a mesma modelo negra se repete.
ZARA: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas entre Agosto e dezembro de 2015, também considerando a coleção e a quantidade de imagens. Das 190 imagens, 49 são de modelos brancas, 13 de homens brancos, 3 modelos negras, 1 negro e 1 não branca. Importante dizer que as modelos negras se repetem pelo menos duas vezes, dando a impressão de que há mais mulheres negras.
RENNER: A Renner, considerada loja popular também tem a cara de pau de não ter quase nenhum negro em suas propagandas. As fotos analisadas na página do Facebook foram publicadas entre Agosto e dezembro de 2015, num total de 424 imagens, sendo 41 de modelos brancas, 28 de homens brancos, 4 de modelos negras, 1 de modelas não brancas e ZERO de homens negros. Lembrando também que duas das modelos negras aparecem mais vezes nas fotos.
C&A: Também conhecida por ser uma marca popular no Brasil, a C&A nada tem de diversidade na sua composição publicitária. As fotos analisadas na página do Facebook também foram publicadas entre Agosto e dezembro de 2015. Foram 628 imagens que contém 80 mulheres brancas, 31 homens brancos, 7 mulheres negras, 5 não brancas e 4 homens negros. Destaco que dentre as 7 mulheres negras, duas delas são Camila Pitanga e sua filha flagradas comprando numa loja em SP.
TNG: A TNG parece ser uma marca voltada bastante para o público masculino e justamente por isso tem mais homens em suas propagandas que mulheres.Aparentemente a marca usa modelos estrangeiros para as suas publicações nas redes sociais.Analisamos a página no facebook a partir de junho até dezembro de 2015. Das 204 fotos analisadas, 32 são de homens brancos, 25 de mulheres brancas, 6 de homens negros e apenas 2 de mulheres negras.
MALWEE: Nossa querida empresa racista continua a vacilar. Colocou um tutorial de turbante na página feito por duas mulheres brancas. Pelo contexto você até entende que é a campanha do outubro rosa, mas de cara ficou bem apropriação. Analisamos a página no facebook a partir de junho até dezembro de 2015. Das 144 imagens, 21 são de mulheres brancas, 14 de homens brancos, 3 de homens negros e apenas UMA de mulher negra. (link do post http://blogueirasnegras.org/2013/09/17/gostoso-como-um-abraco/ )
HERING: Essa marca que começou vendendo camiseta básica hoje tem uma imagem (e preço) de que atende a classe média e pouco se preocupa com outros públicos consumidores. A começar pela economia nos modelos (vários deles se repetem nas coleções), a marca também economiza em representar pretos e pretas. Analisamos a página no facebook a partir de junho até dezembro de 2015. Das 370 imagens publicadas, identificamos 17 homens brancos e 13 mulheres brancas que se repetem em diversos momentos. NENHUMA mulher ou homem negro aparecem nas mensagens publicitárias.
MARISA: Essa loja tem como público as mulheres, mas parece ignorar completamente os dados do IBGE que mostram que a maioria de nós é negra.Analisamos a página no facebook a partir de junho até dezembro de 2015, levando em consideração que algumas modelos se repetiam e que algumas imagens não tem pessoas, chegamos à conclusão: das 592 imagens, 69 são de mulheres brancas, 20 de mulheres negras, 8 de homens brancos e 2 de pessoas não brancas. Identificamos ZERO homens negros.
CALÇADOS
AREZZO: marca também de público feminino, não aparecem homens. A marca também comercializa bolsas. Grande maioria das fotos são publicitárias, dentre as poucas que fotos não publicitárias, tinha uma com a única negra que aparece na página.
MELISSA: a marca possui publico feminino, então não houve preocupação com a representação de homens negros ou brancos na pesquisa. A maioria das fotos são de eventos, assim contei as pessoas em primeiro plano nas fotos.
TECNOLOGIA
SAMSUNG BRASIL : Fotos analisadas na página do Facebook publicadas entre junho e dezembro de 2015. A marca posta poucas fotos, por isso de junho até agora apenas 24. Com bastante esforço (indo até setembro de 2014) pudemos ver nas imagens 1 modelo não branca e 1 modelo negro. Porém de junho pra cá temos: 6 homens brancos e 6 mulheres brancas. Considerando que essa marca parece ter uma fatia grande de mercado de pessoas na classe C, D e E é assustador não haver NENHUMA mulher negra.
LG BRASIL : Fotos analisadas na página do Facebook publicadas entre Agosto à Novembro de 2015 – 19 fotos.
SONY BRASIL (Black Friday): Fotos analisadas na página do Facebook publicadas entre Agosto à Novembro de 2015 – fotos com modelos 2.
Algumas das demais fotos deste período são de eventos da marca e a representatividade negra se resume a uma pessoa que aparece em duas fotos
COSMÉTICOS
A avaliação foi baseada na representatividade. Essas marcas mesmo possuindo modelos próprias dialogam com o seu público postando fotos das consumidoras utilizando os seus produtos.
QUEM DISSE, BERENICE?: Fotos analisadas na página do Facebook publicadas na linha do tempo entre setembro e novembro de 2015.
De 52 fotos com modelos, 27 eram modelos brancas e/ou consumidoras que participaram da campanha Não é pra mim; e 19 modelos não brancas e 6 modelos negras.
*Alguns grupos de fotos são sequencias de tutorial de make: esses grupo foram considerados como uma foto só, pois apresentam apenas uma modelo.
RISQUÉ : Fotos analisadas no período de Agosto à Novembro de 2015 – 130 fotos
A marca possui uma péssima administração na sua page e por conta disso se torna conivente aos comentários racistas de suas consumidoras.
MUNDIAL IMPALA: Fotos analisadas no período de Agosto à Novembro de 2015 – 37 fotos com modelos e o surpreendente número 0 de pessoas negras.
O BOTICÁRIO (Black Week da beleza): Fotos avaliadas no período de Agosto à Novembro de 2015 – 53 fotos com um total de 76 pessoas
Pessoas brancas: 67 – Pessoas negras/não brancas: 9
O BOTICÁRIO: Total de pessoas Brancas :67 . Total de pessoas negras/não brancas: 9
NATURA (Black Friday): Fotos avaliadas no período de Agosto à Novembro de 2015 – 87 fotos com um total de 124 pessoas.
NATURA: Total de pessoas Brancas :109 . Total de pessoas negras/não brancas: 15
AVON: Fotos avaliadas no período de Agosto à Novembro de 2015 – 69 fotos
Pessoas brancas: 36 – Não brancas: 21 (1 oriental) – Mulheres negras: 12
As demais fotos deste período são de eventos da marca onde a presença de pessoas negras está representada em 2 fotos do mesmo modelo. E outras fotos deste mesmo período são repetidas ou com a mesma modelo e por conta disso não entram na contagem mais de uma.
VICHY: Fotos avaliadas no período de Agosto a Novembro de 2015 – 13 fotos
Pessoas brancas: 12 – Pessoas negras: 1
As marcas avaliadas na categoria Cosméticos não possuem processos de injuria racial ou trabalho escravo/infantil no ano de 2015 e o 20 de novembro sequer foi citado.
INFANTIL
VESTUÁRIO
Pampili: A página do Facebook possui poucas fotos publicitárias, porém a Pampili possui um blog e na page ele é divulgado. Entre as meninas que participam do blog, há apenas uma negra e uma oriental, as outras cinco ou ou seis são brancas.
LILICA E TIGOR: Fotos avaliadas no período de Agosto a Novembro de 2015.
BRINQUEDOS
RI HAPPY: A foto de capa na página oficial da empresa no Facebook, é uma ilustração com crianças e nesta ilustração há apenas 1 garoto negro, porque afinal precisamos de cotas, né? Nem somos a maioria da população mesmo. #ironia
Ao longo da estão publicadas muitas imagens publicitárias de “famílias felizes” brancas. O sexismo na representação dos brinquedos e brincadeiras também é forte.
De setembro a novembro de 2015, foram publicadas 96 imagens, entre fotos e ilustrações de crianças, brinquedos, promoções, etc.
B-MART: Já na foto de capa na página que a marca tem no Facebook, há uma ilustração com crianças e são todas brancas. na página são publicadas fotos de eventos e fotos publicitárias. Entre setembro e novembro de 2015 foram publicadas 74 fotos. São fotos publicitárias, de eventos e de consumidores na loja.
PBKids: Em sua página oficial no Facebook a marca alterna muitas fotos com e sem pessoas, há muitas foto apenas com os brinquedos. Entre os meses de setembro e novembro de 2015, foram publicadas 75 fotos.
Fisher-Price: Na sua página do Facebook, a empresa publicou 47 fotos de setembro a novembro de 2015.
Ao fazer suas compras, na Black Friday ou em qualquer outro dia do ano, verifique de quem esta comprando, como esta empresa te vê e quais os impactos dela social e ambientalmente. Não enriqueça quem não te representa.