É fundamental lutarmos todos os dias contra o machismo, racismo e homofobia, como já diz o grito de ordem de diversas marchas. Mas a importância do 29 de Agosto vai além. A homofobia não comporta as mulheres lésbicas e enquanto isso a lesbofobia continua agredindo e matando mulheres lésbicas por todo o Brasil.
Estou farta de ligar a TV e me sentir invisível. Quero ver lésbicas negras retratadas com a mesma delicadeza, beleza que pude ver entre Nico (Thiago Fragoso) e Félix (Mateus Solano), em Amor à Vida. Quero ver mais personagens como Carolyn (Aisha Hinds) de Under the dome, cuja primeira temporada foi exibida na Globo até o julho deste ano: lésbica negra, em um relacionamento maduro bem resolvido com Alice (Samanths Mathis), com quem tem uma filha.
Todas as vezes que falo sobre lesbianidade em alguns espaços que permeio, percebo o quanto esses movimentos ainda carecem de mulheres negras e lésbicas em suas atividades e o quanto nos ainda negado o direito de nos auto organizarmos ou até mesmo a possibilidade de facilitarmos alguma ação que nos visibilize e que não desvalide a nossa orientação.