Somos mulheres negras mortas pela policia, somos mulheres negras mortas por conta de abortos, somos mulheres negras mortas por conta das condições precárias e falta de acesso à saúde, somos – enfim – mulheres negras mortas. Não podemos nos calar!
Espero que o meu clamor seja ouvido, para que outros alunos não tenha que se submeter as mesmas arbitrariedades e opressões devido a sua cor de pele e condição social.
Para se pensar numa cidade mais democrática no campo social e racial, temos que também pensar nesses pequenos espaços que nada mais são que resquícios da Senzala, que até hoje são reproduzidos por profissionais da arquitetura.
Nunca imaginei que um dia a ida ao shopping seria visto como um ato de resistência política. Os chamados “rolêzinhos;” noticiados pelos meios de comunicação desde Dezembro de 2013, consistem em uma simples ida de jovens, em grupos, aos shopping centers. Algo comum, já que o grande contingente de frequentadores destes espaços são jovens. Porém, o que despertou a revolta de algumas pessoas em relação a estes “rolêzinhos” foi o tipo de jovem que o está realizando: pobres e, em sua maioria, negros.