Diante deste cenário preocupante, mulheres lésbicas de diversas organizações em todo o país tem se reunido para discutir e buscar soluções para os problemas relacionados a lesbofobia institucionalizada no SUS.
Ainda curiosa, saí do shopping Morumbi e fui até o Market Place. Pra quem conhece, sabe que ficam praticamente de frente um para o outro. Passei pela AREZZO, entrei e fiquei observando por alguns minutos. Sai e resolvi voltar pra casa. Como moro pertíssimo do shopping Jardim Sul, resolvi entrar passar na loja da mesma que aqui cito. Chegando em casa, ainda muito pensativa, conclui: não havia sequer uma funcionária NEGRA nas lojas onde fui.
O caso Linda Brown aconteceu na década de 50, na cidade de Kansas (EUA). Linda era uma aluna da terceira série e via-se forçada a caminhar algumas horas para chegar a seu colégio apenas destinado a negros. Para resolver sua situação de bem estar, sua família teve que entrar na justiça para a garotinha ter o direito de estudar em uma escola próxima de sua casa que era voltada a pessoas brancas. O clássico Brown versus Board of Education, um marco da luta da segregação racial nas escolas públicas.
Ser lésbica e negra num país ainda racista e machista nos trás o pesar cotidiano da lesbofobia conectado ao racismo dos últimos 484 anos. A objetificação e erotização dos nossos corpos são frequentes. Digitar lésbica e negra no Google é prova disso e fora da virtualidade não é muito diferente.
Na verdade, quem é que se pergunta sobre a vinda dos haitianos? A quem interessa que eles não venham? Que tipo de impacto e impacto na vida de quem essa vinda deles traria? Quem não tem moradia suficiente, não tem por quê? Os haitianos vão, no melhor estilo “cuidado com os comunistas”, invadir as casas da população e ocupá-las? Comerão as criancinhas?