Tem sido cada vez mais comum ver blacks enormes, puffs gigantescos, alguns descoloridos. Símbolos de negritude e consciência, muita gente já aderiu, outras tantas pessoas pensando em usar o cabelo ao natural. A industria cosmética se adaptando para um mercado em franca ascensão. Mas existe uma onda que faz muito sucesso nos Estados Unidos e que curiosamente ainda não se tornou popular entre as brasileiras – o método sisterlocks.
Estamos falando de dreads muito, muito, muito finos, meticulosa e delicadamente embaraçados. Uma escolha muito charmosa para quem quer voltar ao natural com muito estilo. Para desfazer, só cortando, mesmo, mesmo, mesmo. Mas quem está preocupada com isso? A estória aqui é outra. Quem cultiva ou pensa em cultivar sisterlocks está em busca não apenas de uma penteado mas sim de um estilo de vida, de resgate da identidade.
Como todo dread, sisterlocks são uma ruptura, um estilo de vida. As pessoas documentam sua jornada em blogs, promovem encontros. Falam dos anos de desconhecimento do próprio cabelo, dos alisamentos, das tentativas frustadas de adequação ao modelo de beleza europeu. Tendo como pretexto o cabelo, compartilha-se autoestima e transformação. São “clubes” onde qualquer uma é aceita, desde que tenha começado ou queira começar sua “jornada”.
O mais comum é começar cortando o cabelo alisado. Em seguida, deixa-se o cabelo ganhar um pouco de comprimento e os procedimentos de embaraçamento são iniciados. Muitas usam sisterlocks encaracolados, formando sedutores cachos. Outras descolorem e passam chapinha. Ainda é possível alongar seu tamanho com apliques naturais. O bacana desse penteado é que não tem idade para começar: crianças e adultas usam. E adivinha… Até homens estão começando a usar.
Porém o primeiro passo é se informar, saber que você mesma pode dredar seu cabelo sem ter de pagar uma grande fortuna por isso. Se quiser bem feito e bem fino, faça em casa. Mas lembre-se, sisterlocks dão trabalho. Os cachos dredados, exigem manutenção (para não embaraçarem), hidratação (evitando a quebra) e limpeza (para que a raíz não acumule resíduos) impecáveis. O resultado é um cabelo extremamente bonito que poderá ser usado preso, trançado e até mesmo pranchado.
Quer saber mais? Recomendo que você conheça a Nicole no youtube, sobre os sisterlocks que ela mesma faz. O blog de BlaqKofi também é um clássico do assunto. Outra referência é o canal youtube de Phyllis Johnson que usa e trabalha com sisterlocks há mais de uma década e ilustra esse post.