Sou uma mulher negra, uma mulher negra e gorda. Ser bela para uma mulher negra é um lugar já de desconstrução de tudo que a sociedade nos diz. A beleza no Brasil é um conceito racializado. Para a sociedade, a Gisele Bündchen é linda, a Naomi Campbell é uma negra linda.
Compreendo que faço parte de uma luta que vem antes de mim e com todas as lágrimas, sorrisos, encontros e perdas que uma luta carrega, pretendo seguir nela aprendendo mais sobre mim dia após dia e contribuindo empoderando cotidianamente outras mulheres. É por todas nós. Avante.
Menina Bonita de Laço de Fita”, para todas as crianças negras, crianças brancas, crianças vermelhas, crianças amarelas. Pra crianças de todas as idades. Pra crianças que crescem, já cresceram e ainda vão crescer. Pras pessoas que ainda tem as crianças guardadas dentro de si. Uma leitura preciosa.
Sejamos irmãs e tenhamos sensibilidade e senso crítico para lidar com as armadilhas do racismo. Não podemos cair no jogo sujo da “aceitação” racista, que visa apenas nos separar e manter o projeto colonial de aniquilação de nossa ancestralidade, por meio do apagamento de qualquer traço cultural ou fenotípico que remeta à África.