Ser reconhecida como sujeito de direitos e não mais alguém que deva estar à margem da sociedade é um processo de luta contínuo. Não apenas na sociedade em geral, mas também nos espaços políticos – sejam de movimentos ou de organizações políticas da natureza que forem.
Não é esse o modelo de direitos sexuais e reprodutivos que queremos. Se no período colonial as mulheres negras raramente podiam criar suas/seus filhas(os) pelas circunstâncias da escravidão, na contemporaneidade ainda padecemos do racismo institucional que reduz e precariza o acesso aos serviços públicos de saúde, levando ao alto índice de violência obstétrica e mortalidade materna.