Ah, mais um ano mamãe. Obrigada mamãe Oxum, (mamãe) Oiá e os espelhos! (Aline Djokic)Antes de tudo, agradecemos tuas bênçãos, tuas águas e tuas armas. Que o raio toque a água, e que no amanhã continuemos a construir o passado. A ponte para o dia que vem amanhã!
Preta, escute aqui! (Joyce Maria) Mais um ano e o nosso muito obrigada por todos esses anos juntas, confiando, discutindo, nem sempre concordando mas sempre juntas. Vocês, todas vocês, são a força que alimenta esse espaço. Construindo, escrevendo, compartilhando e até mesmo pesquisando as Blogueiras Negras ontem, hoje e amanhã, escrevendo.
É com muita alegria que construímos com vocês mais esse texto sobre os mais lidos do blog, sem nos preocupar em ordená-los pelo número de suas visualizações, mas pela resistência e pelo afeto. Um sobrevoo que nos irmana através das palavras, da leitura e da escrevivência.
Mais um ano e ainda O RACISMO NOSSO DE CADA DIA (Silvana Barbara Gonçalves) se fez presente. Com ele a necessidade urgente de ressignificar o mundo a nossa volta, seja falando d’O Sagrado Feminino: olhando pra além do próprio útero (Jaqueline de Oliveira e Silva) e também denunciando a festa estranha com gente esquisita: espaços seguros, racismo e desapropriação cultural (Larissa Santiago) onde nossos corpos não são admitidos. E mara mara mara maravilha ê: o grito da sumpremacia branca (Charô Nunes e Larissa Santiago).
E ainda tem gente achando que a disputa pela desapropriação não tem reflexos devastadores, como acontece com A temática que cerca a apropriação cultural e a ‘moda’ afro (Caroline Ferreira). Sim começa com o debate sobre A Moda Africana no Brasil (Ana Luíza Barbosa) e termina com a mesma crueldade, fazendo por exemplo que o Racismo à Portuguesa – quando estudar se torna um peso e o silêncio grita (Elaine Santos).
Porém somos mais! Somos as 10 séries com mulheres negras como protagonistas (Tania Seles) as 10 Mulheres, Negras, lésbicas, inspiradoras! (Preta, Nerd & Burning Hell). Somos as Intelectuais Negras Visíveis: uma Nação Linda e Preta (Giovana Xavier). E para não deixar dúvidas que a gente ama listas, já pensou nas 08 coisas sobre a violência sobre a mulher que você precisa refletir? Pois é Pessoas brancas, nem tudo é sobre vocês! (Flávia Ribeiro)
E se a vida pode ser um Cordel (Edineia dos Santos) e a estória das Estrelas além do tempo: (é) nossa história a ser contada (Janete Ribeiro), ninguém aqui foge da briga. Ninguém tem medo de pensar porque Não queremos falar sobre Joaquim (Pretas Drama). Nosso propósito é um novo pensamento, e se perguntar todo dia Como as escolas perpetuam a violência contra mulheres negras? (Barbara Paes). Sabemos Como um relacionamento não vai te salvar (Gra Ci).
Pra gente Lélia Gonzalez e o português afro-brasileiro (são) como ato político e de resistência (Luma Oliveira). É o feminismo negro da intersecção que aprendemos na academia e também com as nossas mães, domésticas, pesquisadoras, ativistas, de luta, operárias, na luta pelo sustento, pela saúde, pela moradia, pela terra.
Se nossos passos vem de longe, sabemos que nossa responsabilidade e pelo respeito dentro e fora de casa, pela ciência de que ninguém entrega o bastão antes da hora. Mais que nunca pensamos no futuro, vivendo a responsabilidade de sermos mulheres do nosso tempo cuja maior dos desafios é transmitir tudo aquilo que aprendemos e ao mesmo tempo pensar na mudança.
Estamos prontas porque estamos com vocês mulheres!
Imagem destacada – Live About